2 de agosto de 2009

No princípio,é o nome

Jogos e listas que usam como base o nome próprio são uma ótima estratégia para iniciar a alfabetização na pré-escola

A turma de 4 anos da EM Presidente Médici, em Itaetê, a 407 quilômetros de Salvador, está dando os primeiros passos no processo de alfabetização muito longe das inadequadas letras pontilhadas, com "carinhas" ou decoradas por objetos relacionados, como uma bola colorida enfeitando o B. O trabalho, apoiado nas descobertas da psicogênese (o estudo da origem e do desenvolvimento da escrita), usa o nome próprio como ponto de referência para que as crianças confrontem suas idéias sobre a língua escrita. Além de identificar as pessoas e ser a palavra mais conhecida pelos pequenos, o nome é um modelo que fornece informações a criança sobre as letras e sua quantidade, variedade, posição e ordem, diz a educadora argentina Ana Teberosky no livro Psicopedagogia da Linguagem Escrita. Dominar o próprio nome, o dos colegas e o dos familiares é abrir caminho para conhecer o alfabeto completo.

Uma das atividades mais eficientes é o uso de listas. Mas, para que elas contribuam para o aprendizado, é preciso que levem as crianças a comparar e relacionar a escrita de seu nome com a dos colegas. Há várias formas desafiadoras de fazer isso: procurar o próprio nome na hora da chamada, encontrar os aniversariantes do mês, separar nomes de meninos e meninas . Em Itaetê, a opção da professora Isana da Silva Landulfo foi desenvolver uma atividade de leitura e escrita de nomes. A tarefa, que começa com a leitura do nome de um amigo, termina com algumas crianças escrevendo o próprio nome sem a ajuda de modelos. Além da orientação da professora, os pequenos contam com um alfabeto acima do quadro, letras móveis e fichas com os nomes completos. Tudo grafado com letras de fôrma maiúsculas, as mais adequadas para ajudar a entrar no mundo da escrita.

(Fonte:Revista Nova Escola)

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